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Médico formado pela FMRP-USP
Especialista em Pediatria pelo HC-FMRP-USP
Mestre e Doutor em Saúde da Criança pela USP
Pós-Doutor em Clínica Médica, Área de Nutrologia, pela USP
Professor Adjunto III da Universidade Federal de São Carlos
Professor Orientador do Programa de Clínica Médica, Área de Nutrologia, da FMRP-USP
Diretor do Departamento de Nutrologia Pediátrica da ABRAN
Vice-Presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo
O DHA é um nutriente de elevada importância para o ser humano em todas as fases da vida, tendo papeis como neuronutriente, munonutriente e relevante para saúde oftalmológica e ardiovascular.
O ser humano á capaz de sintetizar DHA a partir de seus precursores, os ácidos graxos essenciais da família ômega-3, mas a taxa de conversão é baixa e fatores como o elevado consumo de ácidos graxos ômega 6, estresse, sedentarismo e obesidade tornam a produção insuficiente.
O consumo de fontes naturais de DHA, especialmente peixes de água fria e profunda pelo menos 3 vezes por semana seria capaz de fornecer a quantidade necessária de DHA, mas poucos indivíduos atingem essa recomendação.
Por esse motivo, hoje se considera que, para a maior parte das pessoas, é necessário consumir DHA já pré-formado para manter um adequado estado nutricional. Adicionalmente, existem também indicações de DHA como parte da prevenção e do tratamento de algumas doenças.
A seguir, descrevem-se as situações em que a prescrição de DHA está indicada:
*Importante ressaltar, que o Dhaox puro Yosen utiliza uma forma exclusiva e patenteada de ácido docosa hexaenoico (DHA), denominada Tridocosahexaenoína-AOX®. Essa molécula é um triglicerídeo natural enriquecido com DHA, diferindo das formas convencionais de ômega-3 presentes no mercado. Estudos demonstram que o DHA na forma de triglicerídeo (TG) apresenta uma biodisponibilidade significativamente maior em comparação com a forma de éster etílico (EE).
O Tridocosahexaenoína-AOX® inclui compostos derivados do DHA que se formam durante a sua oxidação controlada. Esses derivados (OCDHA) estimulam vias antioxidantes e anti-inflamatórias endógenas, como a via Nrf2, e atuam como mediadores celulares ativos, o que não ocorre com DHA convencional. Isso aumenta não só a absorção, mas potencializa os efeitos fisiológicos do DHA no organismo (efeito funcional aumentado).
Por isso, mesmo com uma dosagem menor, os efeitos terapêuticos são mais eficazes, pois há maior aproveitamento do ativo. Com menos cápsulas, alcançamos os mesmos (ou melhores) resultados do que com doses mais altas de produtos convencionais.
| Forma de DHA | Biodisponibilidade | Comentário |
|---|---|---|
Éster Etílico (EE) |
Baixa a moderada. |
Requer metabolização hepática; absorção mais lenta e menos eficiente. |
Triglicerídeo (TG) |
Alta |
Forma natural; melhor absorção intestinal e maior estabilidade oxidativa. |
Tridocosahexaenoína-AOX®
(Brudy) |
Muito alta |
TG enriquecido com DHA; absorção otimizada e benefícios clínicos comprovados. |
As indicações usuais de suplementação de DHA para crianças, gestantes e lactantes foram revistas no “II Consensus of the Brazilian Nutrology Association on DHA recommendations during pregnancy, lactation and childhood”.
Estudos demonstram benefícios da suplementação com DHA na performance atlética, como:
• Função neuromotora: Guzmán et al. (2011) observaram melhora significativa em jogadoras de futebol com 3,5 g/dia de DHA.
• VO₂ e potência: López-Román et al. (2019) relataram melhora no VO₂ e desempenho em ciclistas com 2,1 g/dia de DHA por 3 meses.
• Redução de dor e inflamação: Ramos-Campo et al. (2020) mostraram menos dor muscular e marcadores inflamatórios após 10 semanas.
• Efeito antioxidante: Salazar et al. (2020) observaram proteção antioxidante dose-dependente com ≥1050 mg/dia de DHA.
A suplementação com DHA mostra efeitos positivos em diversas condições oftalmológicas:
• Sintomas de glaucoma: Galbis-Estrada et al. (2013) e Tellez Vazquez (2016) relataram melhora em sintomas como secura, queimação e visão turva com uso de DHA (BrudyPio® 1,5 g).
• Estresse oxidativo e inflamação ocular: Romeu Villadóniga et al. (2018) e Pinaxo-Durán et al. (2021) observaram melhora significativa.
• Campo visual: Anton et al. (2022) associaram DHA à melhora dos índices de campo visual.
Vários estudos com a patente Tridocosahexaenoína-AOX® mostraram:
• Redução de inflamação e sintomas subjetivos (Pinazo-Duran et al., 2013)
• Melhora da produção e estabilidade da lágrima (Oleñik et al., 2013 e 2014)
• Maior tolerância ao uso de lentes de contato e menor uso de colírios (Borras et al., 2014)
• Melhora do perfil metabolômico da lágrima (Galbis-Estrada et al., 2015)
• Proteção da superfície ocular em usuárias de telas (Ribelles et al., 2015)
• Menor uso de lágrimas artificiais e melhora do filme lacrimal (Gatell-Tortajada, 2016)
• Redução da espessura macular e melhora anatômica com DHA + Ranibizumab (Lafuente et al., 2017, 2019)
• Melhora da função macular (Gonzáles-Herrero et al., 2018)
• Aumento da densidade do pigmento macular com luteína + DHA (Zanon-Moreno et al., 2021)
O DHA:
• Atua como antioxidante, protegendo os espermatozoides do dano oxidativo.
• Reduz a fragmentação do DNA espermático.
• Melhora a qualidade do líquido seminal.
• Redução de inflamação sistêmica, pressão arterial e frequência cardíaca.
• Proteção contra a obesidade induzida por inflamação, com redução de hipertrofia de adipócitos e infiltração de macrófagos.
• Melhora nos marcadores lipídicos (triglicerídeos, colesterol) e da resistência à insulina.
• Maior eficácia do DHA em relação ao EPA nos efeitos cardiometabólicos (Allaire et al.).
• Redução da PCR em homens com hipertrigliceridemia (Kelley et al.).
• Recomendação consagrada para hipertrigliceridemia, com atenção ao possível aumento de LDL.
• Efeitos benéficos na DHGNA, com melhora da bioquímica hepática e da esteatose (Ando et al., Dionysopoulos et al., Spooner et al.).
• Neuroproteção em modelo de Parkinson: Estudos com culturas neuronais e camundongos (Gómes Soler et al., 2023).
• TDAH: Rodríguez et al. observaram melhora comportamental em 3 meses com suplementação (Brudy NEN Emulsión). Metanálise de Liu et al. reforça benefício de uso prolongado.
• TEA (Transtorno do Espectro Autista): Revisão sistemática (Sumra et al., 2025) sugere melhora de funções cognitivas como memória e atenção com DHA + EPA.
Yosen
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